Declaração política de compromisso aos moçambicanos, por Henriques Afonso Dhlakama
Henriques Dhlakama, filho do ex-líder histórico da RENAMO, Afonso Dhlakama, assume compromisso de participação activa na vida política partidária e nacional.
LISBON, PORTUGAL, September 4, 2020 /EINPresswire.com/ -- Henriques Afonso Dhlakama, filho primogénito do ex-líder da RENAMO, Afonso Marceta Macacho Dhlakama (1953-2018), assume o compromisso de participação activa na vida política partidária e nacional, em prol do interesse nacional, e face aos pedidos insistentes por parte de actores políticos e sociais, nacionais e internacionais, bem como diversos elementos das facções partidárias na RENAMO.Segundo Henriques Dhlakama, a decisão pessoal surge na sequência das divisões políticas no seio da RENAMO, que se arrastam; dos desenvolvimentos políticos e de segurança internos no último ano, bem como de uma multiplicidade de contactos, pedidos internos e externos para intervenção pública enquanto representante do legado Dhlakama e como mediador no urgente processo de pacificação.
A sete dias de perfazer 46 anos sobre a assinatura dos Acordos de Lusaka, em 07 de Setembro de 1974, e mais de 35 anos de independência, Henriques refere que considera chegado o momento de se assumir o legado positivo do passado de luta e de reconciliação, relembrar o objectivo que uniu há tantas décadas: desejo de liberdade e um Moçambique forte e justo para todos.
A maioria das organizações internacionais e Estados reconhecem Moçambique como um dos Estados de África com maior potencial de desenvolvimento a prazo e que tem, neste momento da sua história, a oportunidade de se assumir como uma democracia consolidada e de referência para todo o continente.
Num país com cerca de 31 milhões de habitantes, em que a maioria da sua população é jovem (62%) e se situa numa faixa etária abaixo dos 54 anos de idade, é crescente o distanciamento entre a classe política – paralisada pelas suas divergências ideológicas e ressentimentos de acontecimentos no passado – e as necessidades urgentes da maioria da população – emprego, saúde, educação, entre outras.
Esse distanciamento entre a classe política e as necessidades da população, tem consequências graves e reflete-se cada vez mais na segurança interna do território nacional, sendo a instabilidade frequentemente aproveitada por terceiros sem conhecimento factual ou fontes fidedignas no terreno, para espelharem realidades na maioria das vezes reflexo da agenda dos diversos narradores.
H. Dhlakama considera que a juventude é um dos recursos mais valiosos de Moçambique. A resiliência e dinamismo da sua população reflectem, segundo ele, o potencial de uma sociedade jovem. Sendo os jovens um investimento com retorno garantido, Henriques Dhlakama afirma que o tempo é chegado das novas gerações estarem preparadas para continuar o valiosíssimo trabalho feito até à data pelos seus pais e avós.
No que toca os veteranos da luta de libertação, afirma serem parte da população que deve ser respeitada, acarinhada e apoiada, na medida em que os moçambicanos lhes devem a sua história e liberdade. Assim, frisa que é igualmente realidade que terminou a luta armada e que o futuro do país passa por um novo tipo de desafios e campos de batalha, agora no plano político e económico.
Indica, ainda, que as novas batalhas se decidem nas urnas e exigem a participação de todos, independentemente das suas convicções ou ideologias políticas e religiosas, contribuindo para a consolidação da democracia e para o progresso. Considera que exigem, igualmente, o respeito pela propriedade privada e livre circulação de capitais e requerem o investimento externo e interno em todas as áreas e a extrema capacidade de trabalho dos moçambicanos.
No final do comunicado, Henriques Afonso Dhlakama pede que se coloque de lado hostilidades passadas e diz-se confiante que os moçambicanos sentem esta nova realidade e têm um desejo ardente de mudança e que esse desejo deve ser incentivado, pois existe espaço para divergência num caminho comum de convergência para objectivos superiores: o futuro de Moçambique e o bem-estar dos moçambicanos.
"Declaração política de compromisso por Henriques Dhlakama aos moçambicanos": disponibilizada nas redes sociais e envio à comunicação social.
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O Grupo IntellCorp, responsável pela assessoria política e negócios (âmbito: Informações/Segurança) da família e de H. Dhlakama, faz já uma avaliação positiva de reacções ao comunicado. Assim, não obstante apelos a que H. Dhlakama assuma a chefia da RENAMO e pedidos que avance com uma candidatura às presidenciais de 2024, para já existe apenas "a disponibilidade de Henriques Dhlakama para contribuir na esfera política para a mediação e pacificação do clima político e de segurança em Moçambique".
Pedro Saravedra
IntellCorp Group
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